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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Natal de novo...




Pois é, nem parece que mais um ano passou... sempre temos a referência do transcorrer do tempo em marcos importantes, como aniversários, datas festivas e encontros familiares. Normalmente a rotina do dia a dia passa meio despercebida, ao menos o bastante pra não ser notada.

Quando a gente olha prá trás numa época dessas, normalmente tem a irresistível vontade de basear-se somente nessas referências marcantes; nesse contexto, claro, "o ano passou voando"...
Mas é claro que não é assim; estivemos aqui marcando nossa passagem nesse planeta em cada uma das vinte e quatro horas do dia a dia; em cada uma das quatro longas semanas do mês, cada um dos doze intermináveis meses do ano (que o diga o pessoal que estuda!!!)...

É impossível lembrar dos detalhes de tudo isso, o que é antes de tudo uma grande vantagem; o cérebro vai selecionando o que importa e arquiva, enquanto o restante é relegado a um segundo plano, para deixá-lo livre para novas associações. Assim, feliz daqueles que possuem essa incrível capacidade de esquecer... rsrs.
Por outro lado, um balanço cuidadoso pode revelar aspectos importantes das metas que nos propomos a cumprir pulando as ondas na praia e levando rolhas de champagne na cabeça adoidados.




Bom, às vezes acho que não tem nada mais manjado que fazer feedbacks no fim de ano, mas no final das contas, é disso que nós vivemos; isso permite que, a todo momento, possamos nos posicionar diante da nossa própria vida... e pra onde ela está indo. É fato que nossa contagem de tempo é arbitrária, já que nossos referenciais são no fundo muito pessoais; o passado pode nos parecer um baú de experiências boas e ruins, que temos de aprender e revisar no presente para que tenhamos um futuro melhor; mas também é possível que passado e futuro não existam, e sejam ambos vazios de significados além de delimitar aquilo que realmente importa: nosso momento presente. Esse momento, vivo, multicolor, presente e único, poderia ser um ponto que se move, ao mesmo tempo, alimentando-se do futuro e projetando no passado sua sombra, deixando pra trás seu lastro.

O que quer que quer que quer que seja, sempre é bom poder chegar à conclusão que esse último ano não foi em vão; que fizemos valer à pena cada minuto, cada riso, cada beijo. Preocupar-se demais com passado e futuro pode nos fazer esquecer do que temos de melhor e uma das nossas poucas certezas: nosso momento presente. Por isso, nesse novo ano que se inicia, to pensando seriamente em abolir minha lista interminável de promessas, os dez mandamentos, as regras de ortografia (nova e velha), normas da ABNT, estereótipos, costumes, "tradição"; ao invés disso, entro no novo ano pensando somente nisso: fazer valer à pena...




Quem ganha com isso? Bom, se você riu um pouco, então com certeza foi você mesmo...

Grande abraço às grandes pessoas que estiveram comigo, poucos presentes fisicamente, a maioria na minha lembrança e pensamento; amigos de perto e de longe, de ontem e de hoje, mas sobretudo, de sempre...