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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A nova descoberta da Nasa

Primeiro a reportagem da globo, cujo vídeo condensa as informações da pesquisa.




Quando eu ouvia falar das pesquisas sobre a busca de vida fora do planeta, sempre fiquei em dúvida com relação ao padrão ou tipo de vida que se buscava. Isso porque, o que consideramos como "vida" é algo que depende de alguns elementos, que se formaram e se desenvolveram nesse planeta, sob determinadas condições e que podem ter sido uma experiência única. Buscar esse padrão em outro local pode ser limitador e extremamente dificil de encontrar. 

Depois, lendo um pouco sobre o assunto, e conhecendo melhor o método científico, compreendi que se deve partir sempre de um pressuposto válido e possível de ser reproduzido por outras pessoas. Nesse caso, a busca de vida tem de começar por algo que possa universalmente ser conhecido como tal. Não pode tratar-se de um achismo, uma crença desprovida de qualquer fundamento evidente. Por exemplo, pode-se negar que existam seres vivos na superfície do sol? Categoricamente, não. Mas enquanto não tivermos evidências que sugiram isso fortemente, é perda de tempo ficar argumentando o que quer que seja nesse sentido. 

Esse é  um dos problemas de argumentação básica que escapa à religião e seus dogmas; acostumada à velha retórica do é assim porque é, não é dificil notar nela que perde-se um tempo precioso considerando e discutindo a existência de coisas que ninguém demonstra, e cujo único argumento é  "em questões de fé não há argumento". Ou como diria Santo Agostinho, "creio porque é absurdo". Qualquer um pode pensar que a vida deve existir em outras formas distantes do nosso mundo, tanto físico quanto mental; por exemplo, um anjo assexuado montado num unicórnio com complexo de inferioridade em relação ao Pegasus, outro colega seu do mundo imaginário. basta, entretanto, que nos proponhamos a isso para perceber de imediato a maluquice que seria buscar possibilidades sem provas de nenhuma espécie.

Nesse contexto, a descoberta em questão abre um novo leque possibilidades, porque se a vida pode ser composta de qualquer outro elemento, ou mesmo que somente de uma centena, as possibilidades de composição são gigantescas. Isso quer dizer que podemos estar convivendo com seres e criaturas vivas desconhecidas há muito tempo e não nos darmos conta disso.

Mais do que isso, essa descoberta é exemplar por demonstrar o modus operandi do pensamento cientifico em si; pode ser que um dia, através de um cruzamento de dados intenso, cheguemos a algo ou alguém de uma ordem superior à nossa. Mas nesse dia, não serão meras suposições, nem casos de interpretação dúbias... além do que que, desconfio que um achado dessa natureza dificilmente pode ter relação com, por exemplo, um deus tal qual o pregado pelas religiões. Pode ser que a vida como conhecemos tenha sido por exemplo semeada nesse planeta por outra espécie ou raça, ou mesmo chego aqui em um asteróide sem propósito definido. 

De qualquer forma, somente com base em evidências construimos a imagem real do universo que nos rodeia. Pra mim, essa é a mensagem real e mais evidente que essa descoberta traz.

Hoje e sempre. Aleluia.