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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Feliz vc novo!!!!

Nenhum ano que se preze termina oficialmente sem as festas de natal e ano novo. Esse, claro, não é diferente... e com ele, o balanço anual clássico, os presentes, e claro, as mensagens. Não se pode inovar muito nesse aspecto, porque já devem ter usado todos os meios conhecidos para se desejar um bom natal e ano novo. E às vezes a gente tenta ser político, e termina não dizendo o que realmente pensa. Quer um feliz e próspero ano novo? Talvez a solução seja estar à frente de seus problemas e ser mais realista. Eis algumas coisas para se pensar a respeito... 


Nesse natal e ano novo, por favor, seja honesto!!!


Todo mundo critica os políticos sem nunca parar para pensar de onde eles vem. Somos nós que colocamos eles lá. Eu, vc, os outros, todos temos o que merecemos por nosso desleixo em exigir as coisas que temos direito, que são nossas e nos são tiradas todos os dias. E a gente esquece que o problema não ocorre somente em altas esferas do poder. Vemos isso todos os dias, às vezes fazemos. Então, se quer um mundo melhor, não estacione em vagas preferenciais, recicle seu lixo, não fure fila.  


MAS


Não seja excessivamente ingênuo!


Sejamos francos: esse mundo já estava ruim quando nós chegamos, não deve melhorar muito até a gente ir embora. É preciso entender o que realmente governa essa engrenagem que chamamos de sociedade é o dinheiro, capital, bufunfa, pura e simples. É ilusão achar que seu grito solitário vai subverter o sistema. Não vai. Reclamar e sofrer por isso também não ajuda. Viva sua vida da melhor forma possível, conciliando seus interesses e anseios com o mundo que o cerca. E isso pode ser mais fácil se você perceber como essa coisa que chamamos de mundo funciona e se posicionar em função dela.      


POR ISSO


Pare de desenterrar traumas antigos!


Encare seus medos de frente, assuma a responsabilidade por seus erros, mas siga adiante. O relógio que conta nossos momentos aqui não parou desde que vc nasceu. Se isso até hoje não fez vc parar pra pensar a respeito, o faça agora.


Pensou? Então, relembrou de todas as vezes que ficou martelando e se lamentando por coisas que não podem ser mudadas? "Se eu tivesse", "se eu fosse", "se eu soubesse"... esquentar a cabeça com essas coisas pode fazer você dar a volta ao mundo "em pensamentos e omissões", mas sempre termina no mesmo lugar: ao fim de tudo, quando você levanta a cabeça e observa em volta, sua situação não mudou em absolutamente nada. E você perdeu tempo.


ENTÃO


Não tenha medo de errar!!!!!


Desde que você não brinque com arma de fogo ou irrite alguém que tem uma, nada de mais vai lhe acontecer por tentar o que quer que seja. É preciso pensar no futuro? Claro. Considerar prós e contras? Sempre. Mas não deixe que isso que tire a vontade de fazer as coisas que gosta hoje. Não deixe que isso engesse sua paixão, seus pensamentos mais absurdos e, portanto,  originais. Ninguém pode ter um amor como o das novelas? Não vai saber se não tentar, e claro, se abrir para as outras pessoas.

Devo salientar contudo que nada disso é garantia de felicidade... 
Tem uma música popularizada pela voz de Erasmo Carlos que fala:

"Antigamente quando eu me excedia
Ou fazia alguma coisa errada
Naturalmente minha mãe dizia:
'Ele é uma criança, não entende nada'...

Por dentro eu ria
Satisfeito e mudo
Eu era um homem
E entendia tudo...

Hoje só com meus problemas
Rezo muito, mas eu não me iludo
Sempre me dizem quando fico sério:
'Ele é um homem e entende tudo'...

Por dentro com
A alma atarantada
Sou uma criança
Não entendo nada..."



Esse é o problema de ficar adulto: você não tem mais as certezas de menino. É responsável por suas escolhas, com seus ônus e problemas. Mas, essa é ao mesmo tempo a fonte que nos dá prazer nas nossas grandes conquistas.

Sem mais, desejo a todos um grande e feliz natal, com um papai noel generoso (seja ele seus pais, filhos namorados e namoradas, etc). Sobretudo um ano novo realmente novo... dentro da gente, claro, porque o planeta segue o mesmo. Tudo bem, realista demais, eu sei... 

Abração!!!!!!!!!!!!!!!!!

"O Corvo" de Steve Martin

Em clima de fim de ano!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Natal

Antes e depois....

domingo, 19 de dezembro de 2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sobre o Aborto... e outros absurdos

Se vc ainda usa esses argumentos religiosos pra defender a proibição irrestrita do aborto, dá uma olhada nisso:



Habeas Corpus - um filme de Debora Diniz e Ramon Navarro from Universidade Livre Feminista on Vimeo.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Fanatismo...

Não costumo postar textos alheios aqui, mas esse eu vou. Direto do Ateu.net.



"Em si mesma toda ideia é neutra ou deveria sê-lo, mas o homem a anima, projeta nela suas paixões e suas demências; impura, transformada em crença, se insere no tempo, adota a forma de acontecimento: o passo da lógica para a epilepsia está consumado… Assim nascem as ideologias, as doutrinas e as farsas sangrentas.
Idólatras por instinto tornam incondicionados os objetos de nossos sonhos e de nossos interesses. A história não é mais do que um desfile de falsos Absolutos, uma sucessão de templos em honra de pretextos, um aviltamento do espírito ante o Improvável. Mesmo quando se afasta da religião, o homem permanece sujeito a ela; consumindo-se em forjar simulacros de deuses, os adota depois febrilmente: sua necessidade de ficção, de mitologia, triunfa sobre a evidência e o ridículo. Sua capacidade de adorar é responsável por todos os seus crimes: ele que ama indevidamente a um deus obriga os outros a amá-lo, planejando exterminá-los se recusam.
Não há intolerância, intransigência ideológica ou proselitismo que não revelem o fundo bestial do entusiasmo. Que perca o homem sua faculdade de indiferença: converte-se num potencial assassino; que transforme sua ideia em deus: as consequências são incalculáveis. Nunca se mata tanto quanto se mata em nome de um deus ou de seus sucedâneos: os excessos suscitados pela deusa Razão, pela ideia de nação, de classe ou de raça são semelhantes aos da Inquisição ou da Reforma. As épocas de fervor se sobressaem nas façanhas sanguinárias: Santa Tereza não podia deixar de ser contemporânea dos autos de fé e Lutero da matança dos camponeses. Nas crises místicas, os gemidos das vítimas são paralelos dos gemidos de êxtase…
Patíbulos, calabouços e masmorras nunca prosperam tanto quanto à sombra de uma fé, dessa necessidade de crer que tem infestado os espíritos para sempre. O diabo empalidece junto a quem dispõe de uma verdade, de sua verdade. Somos injustos com os Neros ou os Tibérios: eles não inventaram o conceito de herético: não foram senão sonhadores degenerados que se divertiam com as matanças. Os verdadeiros criminosos são os que estabelecem uma ortodoxia sobre o plano religioso ou político, os que distinguem entre o fiel e o cismático.
Enquanto nos recusarmos a admitir o caráter intercambiável das ideias, o sangue corre…
Debaixo das resoluções firmes se ergue um punhal; os olhos inflamados pressagiam o crime. Jamais o espírito da dúvida, afligido pelo hamletismo, foi pernicioso: o princípio do mal reside na tensão da vontade, na inépcia para o sossego, na megalomania prometeica de uma espécie que reinventa o ideal, que arrebenta debaixo de suas convicções e a qual, por haver-se comprazido em depreciar a dúvida e a preguiça — vícios mais nobres do que todas as virtudes —, se embrenhou num caminho de perdição, na História, nessa mescla indecente de banalidade e apocalipse… Ela está plena de certezas: suprime-as e suprimireis sobretudo as suas consequências: reconstituireis o paraíso.
O que é a Queda senão a busca de uma verdade e a certeza de havê-la encontrado, a paixão por um dogma, o estabelecimento de um dogma? Disso resulta o fanatismo — tara capital que dá ao homem o gosto pela eficácia, pela profecia e pelo terror —, lepra lírica que contamina as almas, as submete, as tritura e as exalta…
Só escapam os céticos (ou os preguiçosos e os estetas), porque não propõem nada, porque — verdadeiros benfeitores da humanidade — destroem os preconceitos e analisam o delírio. Sinto-me mais seguro junto a um Pirro do que junto a um São Paulo, porque um saber de anedotas é mais doce do que uma santidade desenfreada. Em um espírito ardente encontramos a ave de rapina disfarçada; não poderíamos nos defender com êxito das garras de um profeta… Quando eleva a voz, seja em nome do céu, da cidade ou de outros pretextos, afastai-vos dele: Sátiro de vossa solidão, não os perdoa o viver sem as suas verdades e seus arrebatamentos; quer fazê-los compartilhar de sua histeria, do seu bem, impô-lo a nós e desfigurar-nos. Um ser possuído por uma crença e que não buscasse comunicá-la a outros é um fenômeno estranho ao mundo, donde a obsessão pela salvação torna a vida irrespirável.
Olhem em torno de vós: Por toda parte vermes que predicam; cada instituição traz uma missão; os povoamentos têm seu absoluto como templos; a administração com os seus regulamentos: metafísica para uso de macacos… Todos se esforçam por remediar a vida de todos: aspiram a isto até os mendigos, inclusive os incuráveis; as calçadas do mundo e os hospitais estão cheios de reformadores. A ânsia de chegar a ser fonte de acontecimentos atua sobre cada um como uma desordem mental ou uma maldição livremente escolhida. A sociedade é um inferno de salvadores. O que buscava Diógenes com sua lanterna era um indiferente…
Basta que eu escute alguém falar sinceramente de ideal, futuro, de filosofia, escutá-lo dizer “nós” com uma inflexão de segurança, convocar os “outros” e sentir-se seu intérprete, para que o considere meu inimigo. Vejo nele um tirano falido, quase um verdugo, tão odioso como os tiranos e verdugos de grande classe. É que toda fé exerce uma forma de terror, tanto mais temível quando os “puros” são os seus agentes.
Suspeita-se dos ladinos, dos velhacos, dos trapaceiros, entretanto, não saberíamos imputar-lhes nenhuma das grandes convulsões da história; não acreditando em nada, não espionam vossos corações, nem vossos pensamentos mais íntimos; os abandonam a vossa acomodação, o vosso desespero ou a vossa inutilidade; a humanidade lhes deve os poucos momentos de prosperidade que tem conhecido; são eles os que salvam os povos que os fanáticos torturam e os “idealistas” arruínam. Sem doutrinas, não têm mais do que caprichos e interesses, vícios acomodatícios, mil vezes mais suportáveis do que o despotismo dos princípios; porque todos os males da vida vêm de uma “concepção de vida”. Um homem político educado deveria aprofundar-se nos sofistas antigos e tomar lições de canto; e de corrupção.
O fanático é incorruptível: assim como mata por uma ideia, pode igualmente morrer por ela; nos dois casos, tirano ou mártir, é um monstro. Não há seres mais perigosos que os que sofreram por uma crença: os grandes perseguidores se recrutam entre os mártires aos quais não se cortou a cabeça. Longe de diminuir o apetite pelo poder, o sofrimento o exaspera: por isso o espírito se sente mais a gosto na companhia de um fanfarrão do que de um mártir; e nada lhe repugna tanto como esse espetáculo no qual se morre por uma ideia. Farto do sublime e de carnificinas sonha com um tédio provinciano a escala universal, com uma História cujo estancamento seria tal que a dúvida se apresentaria como um acontecimento e a esperança como uma calamidade.
  • autor: Emil M. Cioran
  • tradução: José Thomaz Brum"

sábado, 4 de dezembro de 2010

Imagem do dia!


Tradução: Deixe as crianças desenvolverem suas malditas opiniões próprias!!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A nova descoberta da Nasa

Primeiro a reportagem da globo, cujo vídeo condensa as informações da pesquisa.




Quando eu ouvia falar das pesquisas sobre a busca de vida fora do planeta, sempre fiquei em dúvida com relação ao padrão ou tipo de vida que se buscava. Isso porque, o que consideramos como "vida" é algo que depende de alguns elementos, que se formaram e se desenvolveram nesse planeta, sob determinadas condições e que podem ter sido uma experiência única. Buscar esse padrão em outro local pode ser limitador e extremamente dificil de encontrar. 

Depois, lendo um pouco sobre o assunto, e conhecendo melhor o método científico, compreendi que se deve partir sempre de um pressuposto válido e possível de ser reproduzido por outras pessoas. Nesse caso, a busca de vida tem de começar por algo que possa universalmente ser conhecido como tal. Não pode tratar-se de um achismo, uma crença desprovida de qualquer fundamento evidente. Por exemplo, pode-se negar que existam seres vivos na superfície do sol? Categoricamente, não. Mas enquanto não tivermos evidências que sugiram isso fortemente, é perda de tempo ficar argumentando o que quer que seja nesse sentido. 

Esse é  um dos problemas de argumentação básica que escapa à religião e seus dogmas; acostumada à velha retórica do é assim porque é, não é dificil notar nela que perde-se um tempo precioso considerando e discutindo a existência de coisas que ninguém demonstra, e cujo único argumento é  "em questões de fé não há argumento". Ou como diria Santo Agostinho, "creio porque é absurdo". Qualquer um pode pensar que a vida deve existir em outras formas distantes do nosso mundo, tanto físico quanto mental; por exemplo, um anjo assexuado montado num unicórnio com complexo de inferioridade em relação ao Pegasus, outro colega seu do mundo imaginário. basta, entretanto, que nos proponhamos a isso para perceber de imediato a maluquice que seria buscar possibilidades sem provas de nenhuma espécie.

Nesse contexto, a descoberta em questão abre um novo leque possibilidades, porque se a vida pode ser composta de qualquer outro elemento, ou mesmo que somente de uma centena, as possibilidades de composição são gigantescas. Isso quer dizer que podemos estar convivendo com seres e criaturas vivas desconhecidas há muito tempo e não nos darmos conta disso.

Mais do que isso, essa descoberta é exemplar por demonstrar o modus operandi do pensamento cientifico em si; pode ser que um dia, através de um cruzamento de dados intenso, cheguemos a algo ou alguém de uma ordem superior à nossa. Mas nesse dia, não serão meras suposições, nem casos de interpretação dúbias... além do que que, desconfio que um achado dessa natureza dificilmente pode ter relação com, por exemplo, um deus tal qual o pregado pelas religiões. Pode ser que a vida como conhecemos tenha sido por exemplo semeada nesse planeta por outra espécie ou raça, ou mesmo chego aqui em um asteróide sem propósito definido. 

De qualquer forma, somente com base em evidências construimos a imagem real do universo que nos rodeia. Pra mim, essa é a mensagem real e mais evidente que essa descoberta traz.

Hoje e sempre. Aleluia.