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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Enéas Carneiro: mensagens em tempos de eleição

O Barão de Itararé dizia que alguns políticos insistem em fazer na vida pública o mesmo que fazem na privada...
Bom, em tempos de eleição, faz bem relembrar aqueles em quem não se deve votar, porque estão sob júdice, porque são caras de pau, porque são criaturas nefastas, ignorantes, que usam e abusam da má fé, do descaso, do proveito próprio... enfim, posso continuar a tarde toda.
Por outro lado, sempre é bom ver de novo as figuras homéricas que esse país já produziu nos seus horários políticos e na vida pública.


A bola da vez aqui é o impagável Enéas Carneiro. O fundador do PRONA (Partido da Reedificação da Ordem Nacional), ficou famoso por falar rápido nos míseros 30 segundos que lhe cabiam no horário político  em cadeia nacional e, claro,  pelo bordão final "meu nome é Enéas!!". Faleceu em 2007 de leucemia.
Segue algumas das suas tiradas sensacionais:


"A verdade é clara como água de rocha, como líquor de quem não tem meningite séptica".

[Sobre o presidente Lula]
"Sua excelência, já discuti com ele certa feita ao vivo, não tem o mínimo de arrumação intracromossomial específica para dirigir o país".

[Quando perguntado se o elevado número de votos não seria um sinal de protesto da população, por não ter em quem votar]
"Quero que quem disse que eu sou o novo 'macaco Tião' venha a minha frente que eu o reduzirei a sub-nitrato".

"Sou um homem normal, que come, gosta de mulher e usa o vaso sanitário".

[Em clara alusão aos 30 segundos de programa]
"Dê-me três minutos e a eleição acaba".

[Na campanha de 2006, quando já não usava barba]
"Com barba ou sem barba, meu nome é Enéas!! 5656!!"

"Se, depois de tomar posse na Presidência da República, passado o período de seis meses, ainda existirem crianças nas ruas, abandonadas, sem escola, mendigando, eu e todos os meus companheiros de equipe renunciaremos às nossas funções".

"Já me chamaram até de Mussolini. Não me incomodo, apenas me divirto. (...) Estas comparações me fazem rir. Elas são feitas por ignorância profunda ou por má-fé explícita. Não quero que me amem ou me odeiem. Quero que saibam exatamente o que eu penso. Na televisão, eu desmoralizo todo mundo. Em um minuto ou meio segundo, eu sacudo a população quando falo. Reduzo meus adversários a pó".


[Essa é a minha preferida]

"Miasmas pútridos emanam no Congresso em Brasília, contaminando o ar da metrópole. Mas o meu nome não exala odor mefítico, porque não chafurda no pântano da ignomínia".

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