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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Postagens...

Escrever dá trabalho. É a conclusão a que chego cada vez que me posiciono em frente ao computador para postar algo aqui. Não quero fazer isso de qualquer jeito e sair falando coisas que podem perfeitamente passar por dignas de confiança, mas que são o mais completo disparate. E isso independente que a maioria das poucas pessoas que lêem nunca descubram. Já existe ignorância demais nesse planeta para que eu seja mais um disseminador. 

Como falei em outro post, recebo frequentemente mensagens de todo tipo, como qualquer pessoa que tenha e-mail e uma comunidade razoável de amigos virtuais. Mas me impressiona a quantidade de pessoas que se propõe a passar adiante a primeira coisa que lhes cai à mão, sem consultar uma única fonte independente. Um exemplo:
Recebi quatro mensagens independentes (não eram remetentes comuns) sobre a o vídeo misterioso que mostrava luzes no céu da Noruega no começo de dezembro de 2009.


Antes mesmo de qualquer esclarecimento ou investigação, todas as mensagens que recebi atiravam todas as fichas em "acontecimentos que ninguém explica", ou "eles estão entre nós". Bastou dois dias para a verdade ser revelada: a imagem é na verdade de um míssel russo num teste mal sucedido que acabou se convertendo num fiasco para a própria Rússia.

Ao que tudo indica, o fantástico, o sobrenatural, o impossível, são a primeira opção de explicação para aqueles que buscam avidamente um ponto de apoio para suas convicções. O que pode não ficar claro nesse comportamento é que, agindo instintivamente dessa forma, não somos muito diferentes dos nossos antepassados quando contemplavam relâmpagos em tempestades noturnas nos vales e planícies e atribuiam isso às mais variadas divindades.

Ser cético, nesse contexto não é ser frio, calculista, sem paixão. Considero, ao contrário, que escrever citando as melhores e mais confiáveis fontes, embasando o pensamento naqueles que nos antecederam de forma brilhante, não é um mero capricho ou exercício intelectual desnecessário, mas uma necessidade real contra a gigantesca aura de superficialidade e pseudo-mistério que nos ronda constantemente. Isaac Newton disse a célebre frase que se pode ver mais longe foi porque estava apoiado sobre ombros de gigantes. Fazia uma referência a todos aqueles que pesquisaram e acumularam esse vasto campo que é o conhecimento humano.

Somos todos, direta ou indiretamente, o resultado final de uma espécie com uma longa jornada genético-evolutiva, que cruzou os tempos mais remotos sob as formas mais diversas, e que num período relativamente recente, iniciou o acúmulo de conhecimento de uma geração para outra. Perceber a forma como esse conhecimento foi acumulado nos permite entender as avanços da nossa sociedade atual, com seus problemas e consequencias; mas também nos torna portadores de uma responsabilidade velada, quase silenciosa: a de velar por essas conquistas e propagá-las.

Acabou ficando sério demais o texto, mas acho que traduz bem o que sinto hoje, então vou deixar assim...
Grande abraço a todos!

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